terça-feira, 22 de março de 2016

Empresário paulista constrói 1ª casa sustentável do Brasil

Finalizada há pouco mais de quatro meses, a obra foi pensada e estruturada para garantir a manutenção dos recursos naturais e dar exemplo.



Empresário paulista constrói 1ª casa sustentável do Brasil
Foto: Divulgação
Para usar menos recursos naturais, várias tecnologias foram aplicadas em uma residência na região metropolitana de Campinas. A primeira casa com certificação Leed For Homes no País foi planejada e construída por motivações que vão muito além de diminuição de custos, investimentos ou crises hídricas e energéticas. Finalizada há pouco mais de quatro meses, a obra foi pensada e estruturada para garantir a manutenção dos recursos naturais e dar exemplo.
A certificação atribuída à residência do engenheiro Roberto Manini é diferenciada, porque visa não só o bem da sociedade e do meio ambiente, mas a consolidação do desejo do proprietário, que queria fazer diferença quanto ao mundo que deixará para sua neta. Desta forma, o objetivo da obra em si não era a certificação, mas como os desejos do proprietário coincidiram com os requisitos para a certificação, o selo se tornou possibilidade e um desejo para ele.
Entre as principais tecnologias utilizadas na casa estão o reaproveitamento de água da chuva, a reutilização de água cinza (em descarga, rega de jardim etc.), eletrodomésticos com tecnologia inverter (que economizam até 40% de energia elétrica), luminárias com lâmpadas do tipo LED, pisos e revestimentos produzidos de maneira sustentável e com material reciclado, além de sistema de aquecimento solar para as água do banho e sistema de placas fotovoltaicas para produção de energia, desenvolvido e instalado pela Neosolar Energia.
A residência tem capacidade para gerar 250 kWhde energia por mês.
Ainda sobre a energia, Manini comenta que, mesmo que a casa não fosse certificada, a produção por meio de fonte solar era uma de suas prioridades desde a concepção do projeto. Agora que está concluído, a residência tem capacidade para gerar 250 kWh de energia por mês.
Para conseguir realizar o desejo de ter uma casa que servisse como modelo de eficiência energética, com consumo consciente de recursos hídricos e práticas sustentáveis na utilização dos recursos naturais para as gerações futuras, o proprietário contou com o trabalho da Neosolar Energia e outras empresas e profissionais, todos pioneiros na construção sustentável no país.
Soluções para residências
Para o consumidor que pretende instalar um sistema gerador de energia de micro ou minigeração distribuída a partir da energia solar, o sistema fotovoltaico Conectado ou Grid Tie precisa de alguns componentes básicos que possam garantir seu funcionamento.
O painel solar, responsável pela captação da radiação solar, é formado por várias células fotovoltaicas, que usam o silício como matéria-prima. A quantidade de painéis solares varia de acordo com o consumo de energia. Para uma residência com consumo de 200 kWh/mês são necessários de seis a oito painéis de 1,7 m² cada.

Já os inversores transformam a energia elétrica vinda dos painéis solares em corrente alternada (110 ou 220V), para ser usada na rede doméstica. Além disso, eles fazem o sincronismo da energia solar com a rede elétrica, e também o balanço entre a fonte solar e a energia da rede convencional, garantindo o maior retorno e abastecimento contínuo.
Leed for Homes
Leed For Homes é um selo ambiental internacional, reconhecido em 154 países. A certificação orienta e atesta o comprometimento de uma construção com os princípios da sustentabilidade antes, durante e depois da obra. Para que a casa seja certificada levam-se em conta os seguintes quesitos: uso racional da água; eficiência energética; redução, reutilização e reciclagem de materiais e recursos; qualidade dos ambientes internos; espaço sustentável; inovação e tecnologia; e atendimento a necessidades locais, definidas pelos próprios profissionais da GBC (Conselho de Construção Sustentável do Brasil), que variam de construção para construção.

Além destes componentes, há também uma estrutura de alumínio, que é responsável pela fixação dos painéis no telhado, garantindo a inclinação no ângulo adequado para a melhor captação da luz solar.
Com a Resolução Normativa 687/2015 (que atualizou a RN 482/2012), publicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que regulamenta a micro e mini produção de energia, proprietários de residências, comércio e indústria podem produzir sua própria energia. A maior novidade é que as concessionárias devem adequar seus medidores a um modelo que permita que a energia gerada e não consumida no local possa ser enviada à rede, para consumo em outro ponto, e gerar créditos para o consumidor na próxima fatura.
Por se tratar de uma inovação e um sistema feito para durar 30 anos, os caminhos a serem percorridos pelo cliente que optar pela utilização de energia solar nas grandes cidades deverá ser mais cuidadoso. Assim, toda e qualquer decisão deverá ser tomada com o auxílio de profissionais com larga experiência no setor.
Fonte: http://vidaeestilo.terra.com.br/

quinta-feira, 17 de março de 2016

Doações a projetos de reciclagem podem ser descontados no IR

O limite de doação será de 4% do total do IR devido pelas empresas e de 6% para pessoas físicas.
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O Senado aprovou na última quarta-feira (2) o Projeto de Lei 187/2012, que permite a dedução do Imposto de Renda referente a valores doados a projetos de reciclagem. A intenção é incentivar programas de reciclagem, promover o setor e aproveitar o potencial econômico de materiais descartados.
O projeto criado pelo senador Paulo Bauer (PSDB-SC) foi aprovado na Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional com algumas alterações. O texto final determina que o Poder Executivo fixará anualmente os limites absolutos das deduções, sejam elas por parte de pessoas físicas ou jurídicas. Além disso, os projetos de reciclagem que receberão as doações precisam ser previamente selecionados e fiscalizados.
“A reciclagem de materiais e produtos é estratégica para o Brasil. Essas atividades integram uma extensa e abrangente cadeia produtiva, com benefícios econômicos, ambientais e sociais, pilares fundamentais do desenvolvimento sustentável”, informou o senador Fernando Bezerra (PSB-PE), responsável pelo relatório final.
Além dessas medidas, o PL recebeu sugestões que foram acatadas. O senador Cristovam Buarque (PPS-DF), por exemplo, propôs que 5% do montante anual das doações sejam investidos em cursos de capacitação. Ele também solicitou que os beneficiários sejam obrigados a prestarem conta sobre o uso dos recursos recebidos.
O limite de doação para cada contribuinte será de 4% do total do Imposto de Renda devido pelas empresas e de 6% para pessoas físicas. O prazo para a validade da lei é de cinco anos.
Multas ambientais
Outra medida aprovada pela Comissão nesta semana está relacionada às multas por crimes ambientais. De acordo com o PL 741/2015, aprovado na sessão, as verbas arrecadadas com multas ambientais devem ser aplicadas exclusivamente nos locais onde o dano aconteceu.
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A proposta foi motivada pelo rompimento das barragens em Mariana (MG). “Este projeto é uma das melhores respostas ao desastre ambiental de Mariana, pois estamos eliminando burocracias para que os recursos cheguem rapidamente ao lugar atingido por uma tragédia”, opinou o relator.

Fonte: Ciclovivo

quarta-feira, 16 de março de 2016

Cidade do México ativa contingência ambiental por nível de ozônio

As autoridades mexicanas ativaram na segunda-feira (14) a contingência ambiental na Cidade do México devido ao elevado nível de ozônio, e aconselharam a população a evitar atividades ao ar livre e o uso de automóveis.
“Se observou um aumento extraordinário da concentração de ozônio”, que às 16h (19h de Brasília) atingiu um nível de 194 pontos no índice de qualidade do ar, informou o governo da Cidade do México.
As autoridades da capital e do vizinho estado do México ativaram “a fase de contingência ambiental atmosférica por ozônio”, diante de um nível de contaminação que pode afetar as vias respiratórias, provocar doenças graves em pessoas com problemas respiratórios e cardiovasculares, e ataques em pessoas asmáticas.
A última vez que se ativou a fase I da contingência ambiental na Cidade do México, onde vivem mais de 20 milhões de pessoas, foi no dia 18 de setembro de 2002, quando o nível de ozônio atingiu 232 pontos.
A contingência prevê limitar ao máximo as atividades ao ar livre nas escolas, e que crianças e adultos com problemas respiratórios permaneçam no interior das instituições de ensino, especialmente entre às 13h e às 19h local.
A medida proíbe a circulação de parte dos automóveis na zona metropolitana, assim como a suspensão das atividades de pavimentação e pintura; redução de trabalhos de limpeza e de certas operações industriais, incluindo a incineração de materiais. (Fonte: G1)

Aumento de temperaturas em 2016 torna acordo urgente, dizem cientistas

Um aumento recorde de temperaturas em 2016 ligado ao aquecimento global e ao fenômeno climático El Niño no oceano Pacífico torna mais urgente a adoção do acordo sobre o clima assinado por 195 nações em dezembro para diminuir as emissões de gases do efeito estufa e assim frear as mudanças climáticas, disseram cientistas na segunda-feira (14).
As temperaturas globais médias ficaram 1,35ºC acima do normal para fevereiro no mês passado, a maior alta de temperatura de qualquer mês levando em conta uma base de dados do período 1951-1980, de acordo com informações da Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) divulgadas no fim de semana.
O recorde anterior fora estabelecido em janeiro, resultante de um aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera e do El Niño, que libera calor a partir do Pacífico.
‘Espantoso’ – “Acho que até os climatologistas mais radicais estão olhando isso e dizendo: ‘Mas como é possível?’”, disse David Carlson, diretor do Programa Mundial de Pesquisas Sobre o Clima da Organização Meteorológica Mundial, uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU), a respeito da disparada nos termômetros.
“É espantoso”, afirmou ele à Reuters. “Certamente é um planeta alterado… isso nos deixa apreensivos quanto ao impacto no longo prazo”.
Cientistas dizem que o aquecimento global está causando chuvas e secas mais intensas e a elevação do nível dos mares.
Jean-Noel Thepaut, chefe do Serviço de Mudança Climática Copérnico, do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Alcance, disse que a tendência de aquecimento no longo prazo “torna a implementação do acordo de Paris urgente”.
Ele enfatizou que 15 dos 16 anos mais quentes de que se tem registro aconteceram no século 21.
Em dezembro de 2015, 195 países presentes à cúpula do clima da ONU em Paris firmaram um acordo com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa a zero até 2100, abandonando os combustíveis fósseis em favor de energias mais limpas, como a eólica e a solar. (Fonte: G1)

segunda-feira, 14 de março de 2016



Prefeitura de Parauapebas realiza abertura da XX Semana da Árvore 

Plantio de mudas e palestras fizeram parte da programação de abertura da XX Semana da Árvore, realizada na terça-feira (1º) , na Escola Municipal de Ensino Fundamental Plácido de Castro, no bairro Caetanópolis. O evento é promovido pela Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) e do Centro de Educação Ambiental de Parauapebas (CEAP).

O secretário municipal de Meio Ambiente, Pedro Veras Neto, observa a importância do evento para os alunos. “Além de estarmos mostrando a importância de se plantar uma árvore, também conseguimos passar que assim eles terão uma qualidade de vida melhor”, destaca.

Para a coordenadora do Centro de Educação Ambiental de Parauapebas, Francilma Dutra, a ação do plantio de muda de árvores, bem como a palestra, é muito relevante. “Uma vez que essa sensibilização para as questões ambientais nos permite formar cidadãos conscientes no futuro, além de multiplicadores. Estamos cumprindo nossa missão enquanto educadores ambientais”, explica.

“Achei muito legal a palestra e o plantio de mudas. Também aprendi muito durante as atividades. Daqui pra frente vou sempre querer plantar minhas mudas no quintal da minha casa”, opina a estudante do 7º ano, Ana Maria Nascimento Silva.

A XX Semana da Árvore tem como tema “Plante sua árvore! Exerça cidadania!” e conta com uma vasta programação que inclui plantio de mudas, palestras, oficinas, práticas esportivas, trote cidadão, formatura do Projeto Jovem Ambientalista.

A programação segue até o dia 20 de março.

Gerenciamento de Resíduos e Elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos

O Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS) é um documento técnico que identifica a tipologia e a quantidade de geração de cada tipo de resíduos e indica as formas ambientalmente corretas para o manejo, nas etapas de geração, acondicionamento, transporte, transbordo, tratamento, reciclagem, destinação e disposição final.
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, instruída na Lei Federal nº 12.305/2010, a elaboração e execução do plano são obrigatórias aos geradores de resíduos sólidos, responsável pelo adequado gerenciamento de seus resíduos. A referida Lei determina que devem elaborar o PGRS:
  • Geradores de Resíduos de Serviços Públicos e Saneamento;
  • Geradores de Resíduos Industriais;
  • Geradores de Resíduos de Serviços de Saúde;
  • Geradores de Resíduos de Mineração;
  • Estabelecimentos Comerciais e Prestação de Serviços que gerem resíduos perigosos;
  • Empresas de Construção Civil;
  • Terminais ou outras instalações de serviços de transportes;
  • Atividades agrossilvopastoris, conforme exigência do órgão ambiental ou vigilância sanitária.

Sustentabilidade, o que é?

SUSTENTABILIDADE, palavra que está muito presente em nosso cotidiano. Se prestarmos atenção, com certeza a ouviremos atribuída nos mais diversos e variáveis assuntos, sendo, inclusive, que em alguns momentos o seu uso acaba se tornando equivocado ou mesmo banalizado.
O conceito de “sustentabilidade ambiental” foi introduzido inicialmente em 1987 pela WCED (World Commission on Environment and Development), uma comissão formada por membros da ONU (Organização das Nações Unidas) com o intuito de unir países em torno do desenvolvimento sustentável.
Atualmente, a definição de sustentabilidade pode ser definida como a manutenção do equilíbrio ao longo do tempo. Por tanto é a capacidade de conseguir suprir as necessidades humanas atuais, do presente, sem que sejam afetadas as habilidades das gerações futuras de fazer o mesmo, de suprirem as suas próprias necessidades.
A definição está diretamente relacionada aos aspectos sociais, econômicos, ambientais e culturais da sociedade como um todo e, cujo objetivo, é a continuidade do desenvolvimento, todavia sem que sejam minimizados ou esgotados os recursos do planeta.
A eficiência da sustentabilidade está na sua possibilidade de aplicação a qualquer projeto ou empreendimento humano, independente do tamanho e da abrangência dele, visto que, para ser de fato sustentável, um projeto tem de abranger os pilares principais da sustentabilidade, sendo economicamente viável; socialmente justo; ecologicamente correto; culturalmente diversificado.
Ressalta-se que a ideia de crescimento econômico não pode, de maneira alguma, se contrapor aos pilares da sustentabilidade, de modo que as organizações necessitam, mais do que urgentemente, adotar práticas sustentáveis em todas as suas ações, mantendo políticas responsáveis de administração, buscando por fontes renováveis de produção e promovendo ações que priorizem e protejam a sociedade e o meio ambiente, dentre outras atitudes.
A conscientização e a consequente adoção de ações de sustentabilidade propiciará, a médio e longo prazo, a garantia de um planeta com boas condições para a existência e o desenvolvimento das mais diversas formas de vida, inclusive da vida humana.

Licenciamento Ambiental, o que é?

 

O licenciamento ambiental foi estabelecido nacionalmente por meio da Lei Federal n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, que estabeleceu a Política Nacional de Meio Ambiente e definiu os princípios e os objetivos que norteiam a gestão ambiental. Posteriormente, a Política Nacional de Meio Ambiente instituiu o Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA e elaborou um conjunto de instrumentos os quais vêm sendo desenvolvidos e atualizados por meio de resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, órgão também criado pela Lei Federal n° 6.938/81 com poder para estabelecer normas e regulamentos. 

 É o procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental competente, que pode ser federal, estadual ou municipal, para licenciar a instalação, ampliação, modificação e operação de atividades e empreendimentos que utilizam recursos naturais, ou que sejam potencialmente poluidores ou que possam causar degradação ambiental.

No licenciamento ambiental são avaliados impactos causados pelo empreendimento, tais como: seu potencial ou sua capacidade de gerar líquidos poluentes (despejos e efluentes), resíduos sólidos, emissões atmosféricas, ruídos e o potencial de risco, como por exemplo, explosões e incêndios

Cabe ressaltar, que algumas atividades causam danos ao meio ambiente principalmente na sua instalação. É o caso da construção de estradas e hidrelétricas, por exemplo. 

Lembrando que as licenças ambientais estabelecem as condições para que a atividade ou o empreendimento cause o menor impacto possível ao meio ambiente. Por isso, qualquer alteração deve ser submetida a novo licenciamento, com a solicitação de Licença Prévia. 


Cientistas descobrem bactéria capaz de desintegrar plástico de garrafa PET

Cientistas japoneses anunciaram nesta quinta-feira (10) a descoberta de uma bactéria capaz de decompor completamente o polietileno tereftalato – o plástico do qual são feitas as garrafas PET, um dos problemas mais graves de poluição no planeta.
O microrganismo, que oferece uma perspectiva mais viável para tratar o acúmulo desse material no ambiente, foi encontrado em uma usina de reciclagem de lixo. A bactéria, batizada de Ideonella sakaiensis, se alimenta quase que exclusivamente de PET.
Segundo os cientistas, a descoberta é de certa maneira surpreendente, porque a bactéria aparenta ter adquirido a capacidade de degradar esse tipo de plástico em um processo que durou poucas décadas. Na escala da evolução biológica, é um piscar de olhos.
Em estudo na revista “Science”, o grupo liderado pelo biólogo Shosuke Yoshida, do Instituto de Tecnologia de Kioto, descreve como uma colônia microrganismo conseguiu degradar uma folha fina de PET em 6 semanas. Pode parecer muito tempo, mas é rápido para um tipo de plástico que leva centenas de anos para se decompor espontaneamente.
Para decompor o PET, a bactéria produz duas enzimas – moléculas biológicas que promovem reações químicas – cuja função específica é degradar esse plástico. O PET é composto por uma estrutura molecular de carbono altamente estável, que quando atacada pela bactéria se rompe em componentes menores, que podem ser incorporados ao ambiente sem problemas.
O trabalho dos cientistas japoneses envolveu a análise de 250 amostras de bactéria encontradas na usina de reciclagem. A descoberta é importante, afirmam, mas é preciso descobrir ainda meios práticos de produzir essas enzimas e usá-las em larga escala para tratar resíduos plásticos que poluem ambiente, sobretudo nos oceanos.
De um jeito ou de outro, estudos sobre a Ideonella sakaiensis devem acelerar esse processo, já que tudo o que se conhecia antes era alguns fungos capazes de decompor PET parcialmente. Usar bactérias que aniquilam totalmente o plástico para desenvolver um tratamento biológico para esse tipo de lixo deve ser bem mais fácil, dizem os cientistas.
O planeta produz hoje cerca de 50 milhões de toneladas de PET por ano, e menos de 15% do material é reciclado. O que não é contido em aterros sanitários nem incinerado acaba indo parar em rios e mares – fragmentado em pequenos pedaços – e é extremamente nocivo para criaturas aquáticas. (Fonte: G1)

Japão defende energia nuclear

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, defendeu na quinta-feira (10) que o país não pode ficar sem energia nuclear, em uma conferência de imprensa na véspera do quinto aniversário do acidente nuclear de Fukushima.
Em 11 de março de 2011, um terremoto de 9 graus de magnitude ao longo da costa Nordeste do Japão deu origem a uma onda gigantesca que varreu aquela região do arquipélago, deixando cerca de 18,5 mil mortos e desaparecidos.
As três regiões mais atingidas foram Iwate, Miyagi e Fukushima, onde se situa a central nuclear de Fukushima Daiichi e que sofreu o pior acidente nuclear desde Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, quando o núcleo de três dos seis reatores em funcionamento entrou em fusão.
“O nosso país, de escassos recursos, não pode ficar sem energia nuclear se quiser garantir a estabilidade do fornecimento energético, tendo em conta considerações econômicas e as alterações climáticas”, declarou Shinzo Abe.
Depois de um discurso de cerca de 15 minutos sobre os progressos na reconstrução da região do Nordeste do Japão, devastada há cinco anos, o primeiro-ministro questionou a decisão judicial de emitir uma ordem para desligar dois reatores nucleares.
Os dois reatores foram reativados recentemente depois de terem sido considerados seguros de acordo com o novo regulamento de segurança, criado após o desastre de Fukushima.
Shinzo Abe declarou que o governo “não vai mudar sua política” nuclear, que permite reativar reatores considerados seguros.
“A autoridade reguladora nuclear decidiu que estes reatores estavam em conformidade com as normas de segurança, que são as mais restritas do mundo, com base em critérios técnicos e científicos”, insistiu.
Atualmente, existem 43 reatores nucleares no Japão (contra 54 antes da catástrofe de Fukushima), mas apenas dois estão em funcionmento. Outros dois – Takahama 3 e 4 – entraram em funcionamento total ou parcial, após a decisão judicial.
De acordo com pesquisas de opiniões feitas regularmente por meios de comunicação japoneses, a maioria da população é contrária ao reativamento de centrais nucleares.
O Japão, sexto emissor mundial de gases de efeito estufa, comprometeu-se a reduzir em 26% as emissões, entre 2013 e 2030.
Para alcançar este objetivo, a energia nuclear devia fornecer entre 20% e 22% da eletricidade, de acordo com os compromissos apresentados por Tóquio à ONU. A proporção era de entre 25% e 30% antes do acidente.
As energias renováveis vão aumentar entre 22% e 24% até o ano fiscal de 2030 (abril de 2030-março de 2031), contra 11% no ano que terminou no final de março de 2014. (Fonte: Agência Brasil)

Operação combate extração ilegal de madeira

O Ibama, o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fecharam serrarias e prenderam madeireiros em operação conjunta de combate à extração ilegal de madeira no Maranhão. A ação, iniciada na quarta-feira (09/03), resultou até o momento na prisão de 11 pessoas e na desativação de dez serrarias ilegais localizadas no entorno das Terras Indígenas (TIs) Alto Turiaçu, Caru e Awá, além da Reserva Biológica do Gurupi, no noroeste do estado. Cerca de 200 servidores participam deste trabalho.
A Operação Lignum (madeira em latim) é resultado de ação civil pública movida pelo MPF para impedir o avanço da degradação florestal em áreas protegidas e do trabalho continuado que as instituições públicas envolvidas vêm realizando na região.
Até a manhã desta quinta-feira (10/03), o Ibama realizou dez autuações por infrações ambientais, que totalizam R$ 1,7 milhão em multas. Também foram apreendidos quatro caminhões e uma empilhadeira, além das dez serrarias embargadas e desativadas. A PF prendeu 11 pessoas envolvidas em crimes ambientais, sendo dez prisões em flagrante e uma preventiva, e também apreendeu duas armas. A PRF apreendeu oito caminhões usados para transportar madeira ilegal e atua na segurança da operação, que teve apoio técnico da Polícia Civil de Goiás (GT3), da Polícia Civil do Distrito Federal (DOE) e da Polícia Militar Ambiental do Maranhão.
“Foi realmente um trabalho conjunto, realizado desde o planejamento até a operacionalização das medidas constritivas. Em diversos casos foi realizada inclusive a inutilização de equipamentos nas serrarias, que muitas vezes já tinham sido lacradas, autuadas, multadas e não poderiam, em circunstância alguma, estar funcionando”, disse o procurador do Meio Ambiente e Populações Tradicionais do MPF/MA, Alexandre Silva Soares, em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira na sede do MPF/MA.
Expectativa - O coordenador-geral de Fiscalização Ambiental do Ibama, Jair Schmitt, afirmou que, nos últimos anos, como resultado das ações conduzidas por essas instituições, houve redução do volume de madeira explorada. “Em 2014 temos registros de cerca de 100 mil m³ de madeira explorados. Em 2015 esse quantitativo caiu para 50 mil m³ de madeira e a nossa expectativa, com o término dessa operação, é que a redução seja ainda maior”, disse ele.
A madeira extraída ilegalmente das áreas protegidas é transportada em caminhões adaptados (toreiros) por ramais clandestinos até as serrarias, que processam e comercializam a madeira para consumo no Maranhão e em outros estados. Essa degradação tem causado grandes prejuízos para as TIs, que são o último maciço de floresta amazônica no estado, onde vivem indígenas inclusive em isolamento voluntário.
A exploração legal de madeira pode ser realizada por meio de planos de manejo florestal sustentável e do aproveitamento decorrente de autorização de supressão da vegetação para uso alternativo do solo. No entanto, essa não foi a situação verificada na operação, já que algumas áreas autorizadas foram fraudadas para acobertar madeira ilegal. Outras ações estão programadas para ocorrer em toda a região. “Com base nessas apurações iniciais de flagrante, foram instaurados 7 procedimentos que vão dar continuidade às investigações”, afirmou o delegado Júlio Lemos Sombra, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da PF.
“É gratificante participar de operações desse porte, porque o que se tira de mais importante são as palavras-chave para o êxito de qualquer operação: integração e cooperação, além de coordenação das ações”, disse o superintendente da PRF no Maranhão, inspetor Paulo Moreno. (Fonte: MMA)

El Niño e efeito estufa fazem gás carbônico ter aumento recorde

O dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera registrou um aumento recorde com um crescimento de 3,05 partes por milhão (ppm) em 2015 – segundo medições da estação de referência de Mauna Loa, no Havaí.
Segundo informou nesta quinta-feira (10) a Agência Oceânica e Atmosférica (NOAA), este “importante” aumento se explica em especial pelo surgimento da corrente marinha quente do Pacífico conhecida como El Niño.
Esta corrente reaparece a cada três a cinco anos e provoca mudanças em florestas e outros ecossistemas terrestres que reagem a modificações no clima e ao aumento das precipitações, explicou a agência.
A NOAA recordou que o aumento de CO₂ mais importante até hoje tinha sido em 1998, um ano no qual o El Niño também foi muito intenso.
“O impacto do El Niño nas concentrações de CO₂ é um fenômeno natural de curta duração”, apontou o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Petteri Taalas.
“Mas as emissões de gases de efeito estufa provenientes das atividades humanas são o principal fator de longo prazo que explicam o aumento do CO₂ atmosférico. Temos os meios e a responsabilidade de reduzi-los”, afirmou em comunicado.
A OMM publicará em novembro um relatório sobre as concentrações de gases de efeito estufa no planeta com dados provenientes de 50 países, entre eles de estações de grande altitude como os Alpes, os Andes e o Himalaia, assim como Ártico, Antártica e no sul do Pacífico.
Mas já se sabe que em janeiro e fevereiro de 2016 a concentração mensal média de CO₂ no planeta superou o limite simbólico de 400 ppm. Em fevereiro, o nível estava em 402,59 ppm.
Em março de 2015, a concentração mundial média mensal de CO₂ na atmosfera superou pela primeira vez a barreira dos 400 ppm.
Até a chegada da revolução industrial e do uso massivo de energias fósseis, essa taxa não superava os 300 ppm durante ao menos 800 mil anos.
O observatório de Mauna Loa é a estação mais antiga de medição atmosférica e é considerada um local de referência para a rede da OMM. (Fonte: G1)